segunda-feira, 17 de março de 2008

Aceitamos colaborações de poemas e/ou pequenos textos em prosa,
que poderão vir a ser publicados se estiverem de acordo com o perfil
da nossa linha editorial. Os textos aqui publicados são de
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Walmor Dario Santos Colmenero
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ESCRITOS
ZINE POÉTICO – Nº 24 – ANO IV – MAR / ABR – 2008

POESIA SOCIAL

Vocês não sabem: tem gente que escreve cartas e poemas em folhas
de papel de pão, em envelopes usados, virados pelo avesso; cartas
sociais, que custam 1 centavo porque não têm dinheiro para despesas
postais. Tem gente neste país que come poesia com farinha...
Gente que, muitas vezes, nem têm farinha... mas não dispensa a poesia.
É como o feijão e o sonho. E tem gente que se acha. E muita gente
perdida. Uns dizem que "os poemas após publicados não pedem
permissão, caminham sozinhos, como letras-pássaros-maduros".
Outros esbravejam por direitos autorais e saem por aí atirando
pedras nas vidraças erradas. Tudo bem, se foi uma grande empresa
que usou um texto para fins evidentemente comerciais; mas se foi
um modesto zineiro ou uma revista artesanal que luta a duras penas
pra manter acesa a chama da poesia... Saibamos considerar as
devidas proporções!...Vocês sabem que tem gente que escreve
poemas em pequenos pedaços de papel e os larga por aí, nos pontos,
nos bancos dos ônibus, nas praças, nas igrejas, nas caixas de correio
dos vizinhos, nos quadros de avisos das empresas? Tem quem
plastifique os poemas e os cole no portão da própria casa. Outros,
os deixam em sachês "esquecidos" pelos teatros, bares, cinemas.
Há ainda os que os lançam ao mar, dentro de garrafas, de um barco
chamado Sonho... E sabem para quê? Para que a poesia comece a
ser lida na areia, na água, no outro... Uns lançam versos ao vento,
outros em suntuosos coquetéis regados a vinho francês. Vocês sabem
que tem gente que foi marginal e hoje se envergonha desse passado
poético? Existe quem só fale de si mesmo. E quem sabe ouvir.
É isto: existem uns e outros e cada qual navega na barca que lhe convier.
Estamos na nossa e venha o que vier, mas que venha com amor, respeito
e dignidade porque, vocês sabem, AINDA EXISTE GENTE neste
nosso país...

DACHA
Santos/SP
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FRASES ANÔNIMAS:

"Nunca se explique. Seus amigos não precisam e seus inimigos não
vão acreditar."
"As coisas nunca são tão boas quanto esperamos nem tão ruins quanto
tememos."
"Quando se perde riqueza, nada se perde; quando se perde saúde,
perde-se muito; quando se perde o caráter, perde-se tudo."
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na natureza
nada agride
tudo em suspenso
é repouso

nada me aflige
não penso, pouso

EUNICE MENDES
Santos/SP
in: Aurora Gris
Contato com a autora:
Av. Eng. Luís La Scala Jr., 186
CEP.: 11075-150 - Santos/SP
ou walmordario@ig.com.br

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"Um beijo
Partiu-se
Em duas bocas"

ALDO MORAES
Londrina/PR
in: Poesom
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O BLUES

(. . .)

Quem utilizou pela primeira vez o termo blues para o título de uma
música foi um jovem músico branco de uma orquestra de baile de
Oklahoma, chamado Hart Wand, que tocava violino. Quando o
conheci em 1958, ele estava dirigindo uma pequena empresa de
selos de borracha em Nova Orleans. Como escrevi em
The Country Blues, contava que quando tocava uma determinada
melodia breve no seu violino na parte detrás da loja do seu pai,
havia por lá um zelador afro-americano, procedente de Dallas,
que varria o armazém e assobiava a melodia acompanhando-o.
Um dia de tarde, o zelador apoiou-se em sua vassoura enquanto
Wand estava tocando e disse: "Isto me dá saudades (*) de Dallas".
Wand pediu a uma amiga, Annabelle Robbins, que fizera os arranjos
musicais e publicou "The Dallas Blues" como composição instrumental
de 1912. A capa da partitura da capa de Wand estava impressa em
dourado sobre um papel azul-escuro e vendeu-se a dez centavos de
dólar a cópia. Vendeu-se tão bem na cidade de Oklahoma e,
mais tarde, em pequenas cidades que, quando a registrou como
propriedade musical em 12 de setembro de 1912, já estava na terceira
reimpressão.

(. . .)

* Blues no original.

Por Samuel Charters
in: Mestres do Blues – Vol. I
(continua na próxima edição)
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LEMBRANDO

Por esta rua triste agora,
quantas vezes por aqui passamos.
E de mãos dadas olhamos,
distraídos que estávamos,
os prédios tão diversos,
as árvores, as calçadas trincadas,
em dias radiantes de sol,
ou cinzentos de frio.

Volto agora a percorrê-la
e ouço o vazio de meus passos solitários.
As mesmas árvores,
a calçada trincada,
e o frio dentro de mim.

DAYSE FERRAZ
São Paulo/SP
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FRASES:

"Ver bem não é ver tudo; é ver o que os outros não vêem."
JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA -
Escritor brasileiro
"Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas
as coisas." GARCÍA LORCA - Escritor espanhol
"A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser,
porque todo fruto delicioso amadurece lentamente."
SCHOPENHAUER - Filósofo alemão
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FLUTUAR EM SILÊNCIO

Sonho que se foi
Porque não falei
O que sentia
Sonhando
Fiz do sonho
Uma fantasia.
Esqueci de adequar o sonho
Na minha vida
Perdi-te
Estou sofrendo;
Guardei-me tanto
Esqueci de viver
Um sonho
Prometia ser uma alegria.
Uma nova vida
Com você
No silêncio do flutuar
Era só olhar;
Só querer;
Só sonhar;
Com você.

SÔNIA G. CARVALHO DE ANDRADE
Santos/SP
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IMAGEM DIGITAL

As salamandras da saudade
Rastejaram em meu pensamento
Enquanto o seu vulto lindo
Se diluía numa imagem
Surreal da sua ausência.
Final de Semana vazio
Mas que durou um eternidade!

Hoje volto novamente a vê-la
Seu riso alvo é como a luz
De uma estrela,
Que restaura a claridade mágica!
Sua presença leonina
É Guerra Santa
Além combate eloqüente
Que espanta!

Ela Imagem Digital
Impressa no Xadrez invisível
Da metáfora
Cantilena vã
A escorrer...
Desejo mórbido
Transcrito pela boca da Aurora!
Video-Gravado no meu pensamento

BENEDITO C. G. LIMA
Corumbá/MS
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TROVA

No jardim do meu viver,
semeei amor-perfeito,
para depois só colher
saudade de um amor desfeito.

HENNY KROPF
Cantagalo/RJ
in: Poenísia nº 13
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HAICAI

Janela aberta
Trazendo novas vozes
Pássaros de outono.

HAZEL DE SÃO FRANCISCO
São Paulo/SP
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te amo
24 horas
por segundo

NICOLAS BEHR
Brasília/SF
in: Bagaço
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PROVÉRBIOS LATINOS

"Aproveita o farelo e desperdiça a farinha."
"Quebra a louça e guarda os palitos."
"Quem cedo se determina, cedo se arrepende."
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PARA ALBERTO DA CUNHA MELO

Basta que seja deste modo
e que o que chamamos de vida
(presente obscuríssimo, claro,
que se abre apenas na saída

e que não adianta tentar
pelo barulho adivinhar),

seja como um traje apertado,
feito por número menor,
mas que assim mesmo nos foi dado –

cujo aperto só conhecemos
depois que nele nos metemos.

RENATO SUTTANA
Dourados/MS
in: Lâmina (e outros poemas)
www.arquivors.com
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CEGO

Cego de nascença, aprendeu a ler no escuro. Desde pequeno os livros
lhe eram abertos, os toques lhe fundavam janelas, os sons lhe eram
caminhos de pedras, polindo vazios de serventias, ninhais e encantários
em palavras timbrais. Um dia achou um doador de córnea e pensou que
os recursos adquiridos poderiam lhe render a visão total. Não aceitou ser
operado por conta do governo, nem enxergar no claro. Ficou com medo
de se olhar no espelho das pessoas e ter medo da escuridão que havia nelas.

SILAS CORREA LEITE
São Paulo/SP
in: Microcontos
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DIÁLOGOS

- Você conhece aquele oftalmologista?
- Conheço de vista.
***
- E aquele cobrador de ônibus?
- Conheço de passagem.

ORLANDO FONSECA
Santa Maria/RS
in: Garganta do Diabo nº 13
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VOCABULÁRIO COM SIGNIFICADOS DIFERENTES

BRASIL:
Piteira
PORTUGAL:
Boquilha
BRASIL:
Meia
PORTUGAL:

Peúga
BRASIL:

Trem
PORTUGAL:
Comboio
BRASIL:
Fila
PORTUGAL:
Bicha
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DAS VIDAS II...

Será que viver
é ter no olhar sentimentos
guardados de um passado
que talvez ainda exista em você?

WALMOR DARIO SANTOS COLMENERO
São Vicente/SP
in: Das...
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LIVROS DE EUNICE MENDES:

Aurora Gris – Valor: R$ 15,00
Flores e Frutos – Valor: R$ 15,00
Sino dos Ventos (Haikais) – Valor: R$ 5,00
Lua na Janela (Haikais) – Valor: R$ 5,00
Espaços do Vazio (Haikais) – Valor: R$ 5,00
Nuvens de Sol – Valor: R$ 10,00
Sonhares – Valor: R$ 15,00
Contato Eunice Mendes - walmordario@ig.com.br


LIVROS DE WALMOR DARIO SANTOS COLMENERO:

Poemas Bluseiros – Valor: R$ 7,00
Um Poeta na Itália – Valor: R$ 7,00
A Multiplicação do Nada – Valor: R$ 7,00
Memórias – Valor: R$ 7,00
Contato Walmor - walmordario@ig.com.br

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DICAS DE LEITURA

AGOSTINA SASAOKA: www.gargantadaserpente.com
GLAUCO MATTOSO: www.sites.uol.com.br-glaucomattoso
AMARALVIEIRA: www.amaralvieira.com
RICARDO MAINIERI: www.mainieri.blogspot.com
RICARDO ALFAYA: www.alfayaliteratura.blogspot.com
REVISTA POÉTICA: www.revistapoetizando2.blogspot.com
SERGIO ANTUNES: www.sergioantunes.art.br
SILVIO CAMPOS: www.teiacultural.blogspot.com
LEANDRO LUIZ RODRIGUES: www.mandandobrasa.blogspot.com
REVISTA POETIZANDO: www.revistapoetizando.blogspot.com
RENATO SUTTANA: www.arquivors.com
JORNAL DE POESIA: www.secrel.com.br/jpoesia
CARLOS MACHADO: www.algumapoesia.com.br
REVISTA CRITÉRIO: www.revista.criterio.nom.br
MARCELO DOLABELA DE AMORIM:
http://fotolog.terra.com.br/khneira
http://khneirazine.nafoto.net
http://khneirazine.zip.net
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DENISE TEIXEIRA VIANA: www.deniseteixeiraviana.com
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